A expectativa sobre o novo técnico do Cruzeiro foi quebrada nesta terça feira. Celso Roth é o novo comandante da esquadra celeste, e traz consigo boas, mas também questionadas campanhas à frente de Atlético Mineiro, Internacional e Grêmio.
É óbvio que a escolha ideal, tanto para a torcida, quanto para a diretoria estrelada, era Adílson Batista. Mas diante do “não” do atual comandante do Atlético Goianiense, acredito que a diretoria fez a escolha certa ao acertar com o técnico gaúcho, e tal opção se justifica através dos números do Cruzeiro este ano.
Apesar de vencer vários jogos no início do ano, a deficiência defensiva esteve sempre evidente durante as partidas da equipe mineira, quando o time celeste oferecia muitos espaços aos adversários, especialmente no meio campo e laterais, dando a oponentes de menor qualidade a possibilidade de levar perigo em diversos momentos dos jogos. Não é a toa que o Cruzeiro tem como estatística esse ano ter saído perdendo em 55% dos jogos disputados, incluindo os últimos 8 jogos. Números que dão o tom do péssimo início de ano do time celeste.
Para que a situação se reverta, foi escolhido um técnico conhecido por ser “retranqueiro”, e que acerta a maioria das suas equipes a partir do setor defensivo, sempre mantendo "os pés no chão". Reconheço que essa característica não é a preferida da maioria dos torcedores, mas, por favor, entendam que o técnico gaúcho vem tendo sucesso com seu estilo de jogo, tal como mostram seus recentes trabalhos.
Em 2008, Celso Roth assumiu o Grêmio no início do ano e fez boa campanha por certo período no Gauchão, mas assim como o Cruzeiro em 2012, foi eliminado do Campeonato Estadual e da Copa do Brasil de forma prematura. Apesar dos pedidos da torcida, o técnico permaneceu, arrumou o time, e levou a equipe tricolor ao vice-campeonato brasileiro. Em 2009, o treinador saiu do Grêmio e assumiu o Atlético Mineiro em situação delicada no Estadual. Logo em sua chegada, o time de Roth foi eliminado na Copa do Brasil, mas assim como no Grêmio, o técnico gaúcho mudou a cara da equipe alvinegra, e fez com que o Galo brigasse pelo título na maior parte do Brasileirão de 2009.
Como mostrado, Celso Roth chega ao Cruzeiro vivenciando uma situação similar à outras já vividas em sua carreira, e que, de fato, credenciam o técnico a gerar mais uma reviravolta em uma equipe criticada e desacreditada. Mas é importante ressaltar: o Cruzeiro deste ano de 2012 é muito pior do que o Grêmio de 2008, e o Atlético de 2009, e precisa não apenas de um técnico que acerte o time, mas também de uma diretoria que forneça a ele recursos humanos para tal.
Celso Roth assume o Cruzeiro ainda assim, rodeado de incerteza, mas para mim, parece ser o técnico mais indicado para corrigir as deficiências crônicas do Cruzeiro em geral. Mas é claro, quem ganha os jogos são principalmente os jogadores, e com os que o Cruzeiro possui hoje em seu plantel, é complicado dizer com certeza, se o destino do equipe celeste será alterado. O que resta ao torcedor é acreditar que mudanças ocorrerão, caso contrário, o futuro do Cruzeiro permanecerá nebuloso e extremamente preocupante.


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