Cruzeiro e São Paulo fizeram, neste sábado, o melhor jogo do Brasileirão até o momento. Assim como no último jogo disputado entre as equipes, a partida foi emocionante e cheia de alternativas. Porém, mais uma vez, o tricolor paulista derrotou o time celeste e aumentou em mais uma partida sua invencibilidade diante do rival Mineiro.
A partida
A torcida, impulsionada pela bela campanha do time estrelado, compareceu em peso na Arena Independência acreditando que veria seu time voltar a ganhar do São Paulo no Brasileirão após 7 anos. Ledo engano da torcida.
O São Paulo foi muito bem durante a partida, e foi extremamente efetivo, especialmente nos contra ataques puxados por um inspirado Lucas. A equipe paulistana soube trabalhar muito bem a bola e, por isso, sempre chegava com perigo ao ataque. O Cruzeiro, por outro lado, foi um time muito impaciente, mas mantinha o brio dos seus jogadores como um fator importante na busca do resultado.
Obviamente, raça em campo não ganha jogo. Devido a falhas defensivas, o Cruzeiro deu aos paulistas a chance da vitória logo no início da partida, quando o Tricolor obteve a vantagem de dois a um. Assim como a equipe, Celso Roth foi mal, e nas substituições que realizou, bagunçou o time taticamente várias vezes. Para se ter uma ideia, a equipe que começou atuando no 4-3-1-2 mudou durante o jogo para o 4-3-2-1, e no segundo tempo ainda se viu disposta no 3-5-2. O tricolor logicamente se aproveitou da desarrumação celeste, marcou o terceiro gol e ainda perdeu um pênalti, muito bem defendido pelo goleiro Fábio. O Cruzeiro fez ainda um gol que manteve as chances de empate, mas elas foram desperdiçadas pelo volante Tinga em duas ótimas oportunidades.
Com a vitória, o tricolor paulista ressurge após a demissão do sempre polêmico Émerson Leão, que talvez não fosse a melhor escolha para dirigir um time com várias qualidades individuais, mas que também é repleto de vaidades que interferem no desenvolvimento da equipe, que se entrar nos trilhos é candidata ao título.
Quanto ao Cruzeiro, é importante ressaltar o fato da equipe, depois de um longo período, voltar a fazer gol de escanteio, e logo com o estreante Rafael Donato, que, se não atuou bem atrás, foi perfeito no ataque. Além disso, mais uma vez ressalto a vontade da equipe e também o apoio da torcida que se estendeu após o apito final. É claro que, na partida de hoje, Celso Roth errou, o time perdeu a liderança, e a zaga, que até então era a melhor do campeonato, também falhou. Tudo isso são fatos. Mas antes que comecem a chover críticas ao elenco celeste, prefiro destacar a evolução que a equipe vem tendo com Roth, não somente tática como também tecnicamente.
Portanto, devagar com o ardor que o santo é de barro. O Cruzeiro é, sem dúvidas, um time melhor e mais focado do que era com Vágner Mancini, e uma derrota, até certo ponto comum como a deste sábado, deve ser apenas um ponto de referência para que novos acertos sejam feitos na equipe azul, e assim o Cruzeiro permaneça fazendo uma boa campanha no campeonato brasileiro.


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