
Por Gustavo Aleixo
Acredite torcedor, o Corinthians é campeão da Copa Libertadores 2012. E com justiça alias.
A equipe corintiana alcançou ontem o topo das Américas ao vencer o Boca Juniors por 2 a 0, talvez com um pouco de sorte e com um futebol um tanto pragmático, mas questionar o quê diante de uma conquista invicta, como a que conseguiu o time paulista?
Me lembro agora, daquela velha máxima do futebol que diz que “em time que ganha não se mexe”. E é mais ao menos por aí que eu guio o meu raciocínio. O Corinthians ganhou um título de enorme importância, e colocar em dúvida a equipe ou até mesmo a legitimidade do título é acima de tudo, uma grande burrice. O momento agora é de louvar o trabalho de Tite e de todo um grupo de jogadores que antes mesmo do triunfo de ontem, comemorou ano passado a conquista do Campeonato Brasileiro.
Olhando apenas por esse lado a equipe do Parque São Jorge já era uma boa aposta para a conquista da Libertadores desse ano, mas assim como em disputas anteriores, sempre existiu uma forte desconfiança sobre um time que jamais havia chegado nem a final da competição continental. Diferente de participações anteriores, o “time do povo”, soube nesta edição jogar com a torcida e exibiu um comportamento tático que se manteve sempre sólido, mesmo em momentos de pressão, como nos jogos contra o Santos e na partida disputada contra o Boca na La Bombonera, e muito em virtude disso levantou o inédito caneco.
É inegável que o momento do futebol atual se resume e muito à disciplina tática, e a conquista do Corinthians na Libertadores mostra que este estilo de jogo pode e deve ser valorizado. Logicamente, não podemos apenas colocar como fator definidor da final a competência tática corintiana. Por trás de toda a movimentação executada em perfeita sintonia no campo de jogo, existiam não apenas atletas com qualidade para cumprir as ordens do treinador, mas também jogadores capazes de definir partidas.
Na final, a conhecida fórmula se repetiu. A defesa mosqueteira foi impecável e deu segurança para que os avantes alvinegros tivessem chance de buscar os gols nos contra ataques. Foi nesse momento que brilhou a estrela de Émerson (foto ao lado). O jogador comandou com maestria a vitória alvinegra com dois gols de oportunismo e levantou seu quarto grande título desde que voltou ao Brasil. Sabendo da proximidade da conquista, o camisa 11 ainda teve tempo de tirar onda com os jogadores do Boca ao melhor estilo “hermano”. Mas ele podia fazer isso, porque quando muitos achavam que Riquelme seria o nome da decisão, o "Sheik" tirou o meia xeneize de cena e confirmou a fama de pé quente e é claro, de ótimo jogador.
Final de jogo, festa no Pacaembú e nas ruas de São Paulo, e dor de cabeça para todos aqueles que secaram o time alvinegro, afinal, o mito de que o Corinthians jamais ganharia uma Libertadores caiu por terra, e de maneira indiscutível. Parabéns a equipe e também a torcida corintiana, que deve sim, comemorar bastante esse título, porque na noite de ontem o Corinthians passou a ser não apenas “Timão” no Brasil, mas também nas Américas.


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ResponderExcluirMuito bacana seu texto. Sou frequentador assíduo do blog e fã do trabalho de vocês. Parabéns!
ResponderExcluirCoach
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