Depois de 32 jogos e muita emoção, a primeira fase da Eurocopa terminou sem grandes surpresas. De surprendente mesmo, apenas a eliminação da Rússia na última rodada e a péssima campanha da irreconhecível Holanda, vice-campeã mundial na África do Sul em 2010. Quem também lamentou bastante foram ucranianos e poloneses, que acabaram vendo suas seleções sucumbirem dentro de casa. Em geral tudo correu como a maioria já previa, já que as seleções mais fortes passaram. Alemanha, Itália, França, Inglaterra, Portugal e Espanha estão garantidas nas quartas de finais, que também terão a presença de Grécia e República Tcheca.
Um dado curioso é que nesta Euro não tivemos o desprazer de acompanhar nenhum 0x0. O futebol praticado até aqui é de muito toque de bola e eficiência tática. É difícil ver uma seleção que jogue na base do chutão e não saiba sair jogando da defesa para o ataque passando pelo meio de campo. Em contrapartida, é bom observar que, exceção feita à Alemanha, nenhuma seleção nos fez suspirar com um grande futebol, nem mesmo a tão festejada Espanha comandada por Xavi e Iniesta.
Das 16 seleções que iniciaram a competição, restaram as oito citadas acima, mas qual foi a história de cada grupo?
GRUPO A
O grupo A era teoricamente o mais fraco, e tinha como favorita à classificação a seleção russa liderada por Arshavin. Este também era o grupo em que se encontrava a anfitriã Polônia, de Lewandowski, ao lado da Grécia, de Karagounis, e da República Tcheca, de Petr Cech. Os donos da casa decepcionaram, se despediram com dois empates e uma derrota e um futebol bem abaixo do que se espera de um time com o apoio de sua torcida e com um elenco composto por bons jogadores como Szczesny, Piszczek, Blaszczykowski e é claro, Lewandowski. Os gregos aprontaram mais uma vez, relembrando 2004, e se classificaram ao bater a Rússia na última rodada se beneficiando do regulamento, que prevê como primeiro critério de desempate o confronto direto, e não o saldo de gols. Rússia e República Tcheca, que se enfrentaram na primeira rodada com um chocolate russo por 4x1, fizeram valer o ditado “Quem ri por último, ri melhor”. No final, quem riu foi a República Tcheca, que se recuperou, venceu as 2 partidas restantes e terminou como campeã da chave, presenciando a agonia dos russos que caíram para os gregos.GRUPO B
Se havia algum grupo que poderia ser tratado como mais complicado que os demais, esse era o Grupo B, formado por Alemanha, Dinamarca, Holanda e Portugal. Quem se viu acuada nesse cenário foi a seleção dinamarquesa, que lutou muito e até conseguiu vencer na estréia, mas acabou sendo eliminada. Porém quem pode chamar esse grupo de “Grupo da Morte”, é a Holanda. Os laranjas amargaram três derrotas e deixaram a competição sem marcar ao menos um ponto, decepcionando todos que apontavam a seleção dos astros Robben, Sneidjer e Van Persie como favorita ao título. Quem se fez valer do favoritismo foi a Alemanha comandada pelo excelente Joachim Löw, que não tomou conhecimento de nenhum adversário, vencendo todos os seus jogos e sendo a única seleção do torneio a possuir 100% de aproveitamento, demonstrando um futebol eficiente e bonito. A outra seleção classificada foi a lusitana, comandada pelo super astro Cristiano Ronaldo, que após atuações apagadas que suscitaram muitas críticas nas duas primeiras rodadas, desencantou e decidiu na rodada derradeira. Portugal venceu Holanda e Dinamarca sem praticar um futebol encantador, mas terminou a fase de grupos com méritos indiscutíveis em sua classificação.
GRUPO C
Outro grupo forte era o C. Nada mais nada menos que as duas últimas vencedoras da Copa do Mundo, Espanha e Itália, formavam a chave ao lado da boa seleção croata e da frágil seleção irlandesa. O time da Irlanda, por sinal, só pode se orgulhar da festa maravilhosa proporcionada por sua torcida que não desanimou mesmo com os três reveses e o fraquíssimo futebol apresentado na primeira fase. Outra decepção foi a Espanha, que mesmo passando em primeiro lugar no grupo não mostrou nada brilhante e passou por sufoco incrível contra a Croácia na última rodada, sendo
beneficiada pelo árbitro, que não marcou pênalti claríssimo de Busquets sobre Corluka, quando o placar ainda apontava 0x0. Pouco depois, Jesus Navas marcou o gol da vitória espanhola, eliminando a Croácia que surpreendeu positivamente e não beliscou a vaga por um pouco de azar e deficiências técnica em alguns setores, além, é claro, da arbitragem citada anteriormente. Já a Itália jogou o esperado. Com um futebol pragmático e nada vistoso o time do goleiro Buffon só venceu na terceira rodada, mas provou que superou o fracasso na África em 2010 fazendo valer o peso da sua camisa, e é o tipo de seleção que nunca deve ser menosprezada.
O grupo D apresentava outra briga de gente grande. A Ucrânia, jogando ao lado de sua torcida e com o veterano Shevchenko no elenco, deu sinais de que daria trabalho, ao vencer a Suécia na estréia, mas decepcionou perdendo as duas partidas restantes. Todavia, é importante ressaltar que os ucranianos, assim como os croatas, foram prejudicados pela arbitragem, que na última rodada, contra a Inglaterra, alegou que a bola de Devic, cortada por John Terry após cruzar a linha de gol, não entrou. A bola entrou e todo mundo viu, exceto os 5 árbitros de campo, com destaque para o auxiliar posicionado ao lado do gol, e que, na verdade, parece nada mais do que um enfeite em campo. Arbitragem de lado, o grupo D contava ainda com a forte seleção francesa e a medíocre seleção sueca, que é totalmente dependente do craque do Milan Zlatan Ibrahimovic e que, na última rodada, já desclassificada, conseguiu um único feito marcante no torneio, que foi quebrar a invencibilidade de 24 jogos dos franceses. Dos classificados França e Inglaterra, um futebol eficiente pode ser visto. Apesar da derrota francesa no último compromisso, os bleus foram o time que se mostrou mais forte no grupo, com um toque de bola envolvente e um ataque talentoso, com Ribery, Benzema e Nasri. A Inglaterra sofreu com a ausência de Rooney nas 2 primeiras rodadas, mas teve nos pés de Gerrard o toque de qualidade e a confiança necessária para conquistar bons resultados. Porém, acredito que o time inglês sofre com deficiências técnicas em setores importantes, e não apostaria minhas fichas no English Team para a conquista do título. Mas afirmo, se os ingleses levarem a Euro 2012 para casa, não será nada anormal, pois apesar de tudo, são eles os inventores do esporte, e possuem bastante tradição.
República Tcheca x Portugal, no Estádio Nacional Varsóvia, dia 21/06;
Após a excelente primeira fase, a partir de agora se inicia um novo campeonato. Todos os confrontos prometem, e provavelmente serão disputadíssimos. Muitas surpresas podem acontecer, mas a certeza que fica é que, daqui pra frente, presenciaremos jogos ainda melhores e quem conseguir sobreviver terá muitos motivos para comemorar a vitória neste torneio, que é praticamente uma mini Copa do Mundo.
Outro grupo forte era o C. Nada mais nada menos que as duas últimas vencedoras da Copa do Mundo, Espanha e Itália, formavam a chave ao lado da boa seleção croata e da frágil seleção irlandesa. O time da Irlanda, por sinal, só pode se orgulhar da festa maravilhosa proporcionada por sua torcida que não desanimou mesmo com os três reveses e o fraquíssimo futebol apresentado na primeira fase. Outra decepção foi a Espanha, que mesmo passando em primeiro lugar no grupo não mostrou nada brilhante e passou por sufoco incrível contra a Croácia na última rodada, sendo
beneficiada pelo árbitro, que não marcou pênalti claríssimo de Busquets sobre Corluka, quando o placar ainda apontava 0x0. Pouco depois, Jesus Navas marcou o gol da vitória espanhola, eliminando a Croácia que surpreendeu positivamente e não beliscou a vaga por um pouco de azar e deficiências técnica em alguns setores, além, é claro, da arbitragem citada anteriormente. Já a Itália jogou o esperado. Com um futebol pragmático e nada vistoso o time do goleiro Buffon só venceu na terceira rodada, mas provou que superou o fracasso na África em 2010 fazendo valer o peso da sua camisa, e é o tipo de seleção que nunca deve ser menosprezada.
GRUPO D
O grupo D apresentava outra briga de gente grande. A Ucrânia, jogando ao lado de sua torcida e com o veterano Shevchenko no elenco, deu sinais de que daria trabalho, ao vencer a Suécia na estréia, mas decepcionou perdendo as duas partidas restantes. Todavia, é importante ressaltar que os ucranianos, assim como os croatas, foram prejudicados pela arbitragem, que na última rodada, contra a Inglaterra, alegou que a bola de Devic, cortada por John Terry após cruzar a linha de gol, não entrou. A bola entrou e todo mundo viu, exceto os 5 árbitros de campo, com destaque para o auxiliar posicionado ao lado do gol, e que, na verdade, parece nada mais do que um enfeite Depois da agitada primeira fase, os confrontos das quartas ficaram definidos da seguinte maneira:
República Tcheca x Portugal, no Estádio Nacional Varsóvia, dia 21/06;
Alemanha x Grécia, na Arena Gdansk, dia 22/06;
Espanha x França, na Donbass Arena, dia 23/06;
Inglaterra x Itália, no Estádio Olímpico de Kiev, dia 24/06.
Após a excelente primeira fase, a partir de agora se inicia um novo campeonato. Todos os confrontos prometem, e provavelmente serão disputadíssimos. Muitas surpresas podem acontecer, mas a certeza que fica é que, daqui pra frente, presenciaremos jogos ainda melhores e quem conseguir sobreviver terá muitos motivos para comemorar a vitória neste torneio, que é praticamente uma mini Copa do Mundo.



Resumiu bem o que foi a primeira fase da Euro. Os campeonatos da UEFA, apesar dos problemas que ocorreram nas sedes desse ano, nos fazem pensar como os torneios da Commebol estão longe de poderem ser considerados profissionais no que tange a organização e retorno midiático e financeiro.
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