quinta-feira, 23 de agosto de 2012

O circo está na cidade!




Ele voltou. Depois de 2 anos de ausência, o Grande Clássico das Minas Gerais retorna à Belo Horizonte. O palco não é o principal, é alternativo, temporário, mas o espetáculo ainda é o mesmo.

Os jornais e a televisão anunciam que depois de um período longe da capital mineira: “o circo está na cidade!”. Nesse domingo, as torcidas de Cruzeiro e Atlético serão novamente platéia e os jogadores mais uma vez se transformarão em artistas da bola. As cortinas se abrirão, e o dono do picadeiro, o nosso famigerado árbitro, dará início a um daqueles finais de tarde dignos das melhores tragédias e também das maiores alegrias.
Cuca e Roth são os técnicos do
Clássicodeste domingo

Assim como nos mais conhecidos espetáculos, o Super Clássico Mineiro não tem como protagonistas principais apenas os jogadores em campo. O público é também parte importante do show. Os mais diferentes tipos de aficionados pelo futebol viverão a partida, acompanharão cada ato que se desenvolverá na famosa trama entre o Galo e a Raposa, que mais uma vez irá parar a cidade.

É verdade que nesse fim de semana não teremos as torcidas de Atlético e Cruzeiro juntas no estádio. A nossa (incompetente) polícia vetou a presença de torcedores alvinegros no recinto, e infelizmente o picadeiro do Independência não estará completo no dia do jogo contando apenas com o lado azul da cidade presente. O espetáculo pode acabar sendo prejudicado no que diz respeito às arquibancadas, mas pelo menos no campo de jogo podemos ter certeza que ali, não há proibição que limite o talento dos nossos equilibristas da bola.
Em 1969, Cruzeiro e Atlético jogaram sob o olhar de 123.521 pagantes, maior público da história do Super Clássico
Neste embate de mais de 90 anos de história, ainda será possível ouvir pela cidade os gritos de quem se guia por uma cega paixão. É a trilha sonora do Clássico. Um misto de tensão com euforia, de quem por 90 minutos se desliga de tudo para acompanhar o clímax de uma rivalidade que já viveu os mais diferentes enredos e já nos apresentou os mais diversos personagens.

É o Clássico de Reinaldo, Joãozinho, Dadá, Tostão, Piazza, Cerezo, Marques, Alex e tantos outros. É Clássico do gol anulado, da bola na trave, do drible desconcertante, do grito da torcida, do Mineirão, do Independência. É o gol marcado no fim, é a entrada mais dura, o gol de costas, o gol do título, o gol do alívio, da vitória inesperada, de goleadas memoráveis, de um 6 a 1, de um 9 a 2. É Cruzeiro contra Atlético, Atlético contra Cruzeiro.
Dadá e Tostão: Grandes nomes do
Clássico Mineiro

É claro que a história que se segue agora, logicamente é outra. Cada Clássico é diferente do outro. No passado tivemos um Atlético avassalador e mais recentemente um Cruzeiro sempre a frente do Galo nos Brasileiros e que por certo período se manteve melhor que o rival. E no próximo domingo, teremos um Atlético que parece imbatível e um Cruzeiro extremamente irregular.  Porém não podemos mais uma vez ditar o destino dessa partida. O Clássico Mineiro, não torna evidentes seus arranjos, nem mesmo seus heróis e muito menos o seu gran finale. É totalmente incerto.

Nesse domingo o nobre picadeiro do novo Independência se encherá de pompas para receber o Super Clássico. O espetáculo terá em campo tudo para se tornar perfeito. Vamos ver candidatos à protagonistas, como Ronaldinho e Montillo. Homens elástico como Victor e Fábio e até os tradicionais palhaços, os cartolas, que com um possível resultado negativo podem atacar de mágicos e sumir do recinto ao final da partida.

Ingredientes, portanto, não faltam para que o domingo seja um dia especial. O Clássico irá colorir novamente as ruas de Belo Horizonte de azul, preto e branco e às 18h30 teremos o tão aguardado retorno do nosso grande Clássico, que jamais deveria ter saído de cartaz da capital mineira.

Um comentário:

  1. Muito bom. Pena que as autoridades não consigam dar segurança para que o classico tenha duas torcidas. Claro que o Independencia não oferece em seu entorno uma chegada segura para duas torcidas. As ruas estreitas do Horto podem prejudicar o trabalho da poilicia, mas com boa vontade tudo e possivel!

    Estudei com Roberto, se puder dar uma força no meu blog aí.. http://futeboltotalbh.blogspot.com.br/
    abraço

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