Ele voltou. Depois de 2 anos de ausência, o Grande Clássico das Minas Gerais retorna à Belo Horizonte. O palco não é o principal, é alternativo, temporário, mas o espetáculo ainda é o mesmo.
Os jornais e a televisão anunciam que depois de um período longe da capital mineira: “o circo está na cidade!”. Nesse domingo, as torcidas de Cruzeiro e Atlético serão novamente platéia e os jogadores mais uma vez se transformarão em artistas da bola. As cortinas se abrirão, e o dono do picadeiro, o nosso famigerado árbitro, dará início a um daqueles finais de tarde dignos das melhores tragédias e também das maiores alegrias.
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| Cuca e Roth são os técnicos do Clássicodeste domingo |
Assim como nos mais conhecidos espetáculos, o Super Clássico Mineiro não tem como protagonistas principais apenas os jogadores em campo. O público é também parte importante do show. Os mais diferentes tipos de aficionados pelo futebol viverão a partida, acompanharão cada ato que se desenvolverá na famosa trama entre o Galo e a Raposa, que mais uma vez irá parar a cidade.
É verdade que nesse fim de semana não teremos as torcidas de Atlético e Cruzeiro juntas no estádio. A nossa (incompetente) polícia vetou a presença de torcedores alvinegros no recinto, e infelizmente o picadeiro do Independência não estará completo no dia do jogo contando apenas com o lado azul da cidade presente. O espetáculo pode acabar sendo prejudicado no que diz respeito às arquibancadas, mas pelo menos no campo de jogo podemos ter certeza que ali, não há proibição que limite o talento dos nossos equilibristas da bola.
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| Em 1969, Cruzeiro e Atlético jogaram sob o olhar de 123.521 pagantes, maior público da história do Super Clássico |
É o Clássico de Reinaldo, Joãozinho, Dadá, Tostão, Piazza, Cerezo, Marques, Alex e tantos outros. É Clássico do gol anulado, da bola na trave, do drible desconcertante, do grito da torcida, do Mineirão, do Independência. É o gol marcado no fim, é a entrada mais dura, o gol de costas, o gol do título, o gol do alívio, da vitória inesperada, de goleadas memoráveis, de um 6 a 1, de um 9 a 2. É Cruzeiro contra Atlético, Atlético contra Cruzeiro.
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| Dadá e Tostão: Grandes nomes do Clássico Mineiro |
É claro que a história que se segue agora, logicamente é outra. Cada Clássico é diferente do outro. No passado tivemos um Atlético avassalador e mais recentemente um Cruzeiro sempre a frente do Galo nos Brasileiros e que por certo período se manteve melhor que o rival. E no próximo domingo, teremos um Atlético que parece imbatível e um Cruzeiro extremamente irregular. Porém não podemos mais uma vez ditar o destino dessa partida. O Clássico Mineiro, não torna evidentes seus arranjos, nem mesmo seus heróis e muito menos o seu gran finale. É totalmente incerto.
Nesse domingo o nobre picadeiro do novo Independência se encherá de pompas para receber o Super Clássico. O espetáculo terá em campo tudo para se tornar perfeito. Vamos ver candidatos à protagonistas, como Ronaldinho e Montillo. Homens elástico como Victor e Fábio e até os tradicionais palhaços, os cartolas, que com um possível resultado negativo podem atacar de mágicos e sumir do recinto ao final da partida.
Ingredientes, portanto, não faltam para que o domingo seja um dia especial. O Clássico irá colorir novamente as ruas de Belo Horizonte de azul, preto e branco e às 18h30 teremos o tão aguardado retorno do nosso grande Clássico, que jamais deveria ter saído de cartaz da capital mineira.





Muito bom. Pena que as autoridades não consigam dar segurança para que o classico tenha duas torcidas. Claro que o Independencia não oferece em seu entorno uma chegada segura para duas torcidas. As ruas estreitas do Horto podem prejudicar o trabalho da poilicia, mas com boa vontade tudo e possivel!
ResponderExcluirEstudei com Roberto, se puder dar uma força no meu blog aí.. http://futeboltotalbh.blogspot.com.br/
abraço