Por Pedro Lucas Amim
O América comemora o seu centenário em 2012 e dentre outras ações de marketing fez ressurgir uma camisa vermelha esquecida no passado. Usada na década de 30, era uma camisa que servia como protesto em relação a implantação do profissionalismo no futebol brasileiro, ou seja, era um símbolo do amor ao esporte mas também um símbolo do amadorismo.
O América comemora o seu centenário em 2012 e dentre outras ações de marketing fez ressurgir uma camisa vermelha esquecida no passado. Usada na década de 30, era uma camisa que servia como protesto em relação a implantação do profissionalismo no futebol brasileiro, ou seja, era um símbolo do amor ao esporte mas também um símbolo do amadorismo.
E é exatamente esse amadorismo que parece não largar o América de jeito nenhum. Nesse Brasileiro da Série B de 2012 o clube teve tudo para estar em uma posição tranquila entre os 4 primeiros colocados. Tinha somado 25 pontos em 11 jogos e ia ter uma sequência hipoteticamente fácil para o restante do turno. Porém a escassez de bom valores no elenco e a demora para se tomar providências fez com que o Coelho somasse 5 pontos nos últimos 7 jogos. A vaga no G4 que parecia garantida fica cada vez mais distante com o futebol apresentado e pela omissão da diretoria.
Omissão e passividade que podem ser observadas no momento em que ao demitir o técnico Givanildo, um substituto a altura para o cargo não foi procurado. Efetivar o treinador dos juniores Milagres no comando técnico americano só demonstra o quanto o amadorismo teima em estar presente na trajetória alviverde. A Série B é um campeonato em que testes não devem ser feitos, e colocar Milagres para estrear como profissional logo no ano do centenário e num momento tão conturbado da equipe no campeonato demonstra que o América não quer crescer.
E na sexta feira em jogo contra o xará de Natal ficou muito claro que se não ocorrerem mudanças drásticas tanto no elenco como na postura da diretoria americana o América sequer irá disputar uma vaga no G4. Com um time desorganizado em campo o Coelho abusou em perder chances e foi castigado com um empate ruim dentro de casa. Já são 4 jogos sem vencer em seus domínios.
Durante o jogo, o comandante Milagres se mostrou ainda imaturo para o cargo de treinador ao falhar nas substituições feitas na segunda etapa. Teimou em manter inexplicavelmente o atacante Fábio Jr. que definitivamente não pode mais atuar por 90 minutos no time. O outrora ídolo americano não passa de mera figura dentro de campo no ano de 2012 e está merecendo muito ser chamado de “poste” pelos torcedores. Mas Fábio Jr. está longe de ser o único problema americano, pois o time sofre muito com a falta de laterais de qualidade, de um camisa 10 que chame a responsabilidade do jogo e principalmente do preparo físico que está abaixo do esperado. Após os 30 minutos do 2º tempo o time alviverde simplesmente inexiste em campo e é incapaz de impor uma pressão sobre o adversário. Além disso tudo existem jogadores que não merecem vestir a tradicional camisa americana, casos de Thiaguinho, Pará, Gláuber, Júnior Timbó e Romão. Mas o grande problema é que esses jogadores sempre foram fracos. A culpa é na verdade de quem contratou tais profissionais para vestirem o manto verde negro. A diretoria americana que prefere gastar o dinheiro de um bom jogador em 5 pernas de pau é a grande culpada por tudo isso. É a famosa economia porca, o que demonstra tamanha incompetência e o já citado amadorismo de uma equipe que tem como diretor de futebol um ex-bandeirinha.
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| Jair Albano, ex bandeirinha e atual Gerente de Futebol do América, resquício do amadorismo que ronda o Coelho em sua história |
É certo que restam 20 jogos para o término do campeonato e ainda há tempo para recuperação. Mas a inércia presente no América tem que acabar imediatamente ou então o clube e a torcida terão que se contentar em amargar uma posição mediana na tabela de classificação da Série B em pleno ano do centenário.


Falou TUDO...
ResponderExcluirNão tiro nem um i desse texto...
Parabens...