domingo, 4 de novembro de 2012

O sonho realmente acabou


Por Maurício Paulucci


O título já era para os mineiros. E na próxima rodada se o Galo perder e o Fluminense pontuar o tricolor carioca já ergue o caneco. Em compensação, a vaga na Libertadores está garantida, já que o Botafogo não alcança mais o alvinegro das Minas Gerais. O Atlético fez e faz um campeonato acima da média para a expectativa de seus torcedores comparando com as últimas temporadas, talvez por isso essa euforia toda. No entanto, é hora de terminar a competição com brio, mas já ir pensando no planejamento de 2013.
O texto é sobre o jogo do Atlético Mineiro, no entanto vamos começar falando do Fluminense. Em um jogo marcado por falhas individuas o tricolor carioca perdeu dois pontos, mesmo dois pontos que o Galo perdeu na última rodada contra o Flamengo. A diferença é que o líder empatou fora de casa com um dos grandes times desse Brasileiro e o Atlético empatou com um time fraco e desestruturado.

Enfim, o Atlético entrou em campo no Couto Pereira sabendo que se vencesse o Coritiba poderia diminuir a distancia para o líder para 5 pontos mantendo viva a esperança no título do Brasileiro. Porém não foi o que se viu na escalação do técnico Cuca, que entrou com três volantes: Leandro Donizete pela esquerda, Serginho pela direita e Fillipe Soutto centralizado. O não entrou apenas com a escalação retraída, mas também com uma postura tímida.

A falta que o suspenso Pierre faz ao time do Galo é evidente, os três volantes que entraram em campo contra o alviverde paranaense não impõe a mesma contenção e respeito que demonstra o cão de guarda atleticano. 
O Coritiba aproveitou esse desligamento do time mineiro e durante os primeiros minutos pressionou demais a defesa alvinegra com jogadas agudas pelas pontas com Rafinha, Everton Ribeiro, todas elas coordenadas pelo experiente Lincoln que, apesar da idade avançada, é um elemento importante de organização do meio de campo do Coxa.
O ímpeto do Coritiba foi premiado com um pênalti cometido em cima de Everton Ribeiro, por Fillipe Souto. Deivid, que, bem como no Flamengo funciona mais como um figurante em campo, bateu bem e abriu o placar no sul do país.

O gol, mesmo que contra, inflamou o Atlético, que a partiu de então tomou as rédeas do jogo e foi com tudo para cima do gol de Vanderlei, goleiro do Coritiba. Ironicamente, o Coxa que tem a 5ª pior defesa do campeonato, formou um esquema defensivo bem estruturado que impedia as investidas atleticanas.

Desorganização completa. Essa foi a postura adotada pelo time mineiro durante o primeiro tempo. O Coritiba levantou apenas uma bola na área, enquanto o Atlético o fez doze vezes, apenas uma levando perigo ao gol de Vanderlei.

Parece que o técnico Cuca percebeu a desorganização do Galo, e o time voltou com uma forma de jogo totalmente diferente. Colocando a bola no chão e rodando, a bola passou pelos pés de Ronaldinho o que rendeu duas boas chances ao time mineiro.

Ao perceber que a chacoalhada psicológica do vestiário não foi efetiva, o treinador Cuca, resolver mexer nas peças. Guilherme e Leornado entraram bem, nos lugares de Serginho e Jô, respectivamente. Com Guilherme em campo o ataque do Atlético ficou mais dinâmico, com frequentes inversões entre os atacantes para confundir a zaga do Coxa. Mas, o time mineiro errava muitos passes e por ter perdido um volante com as substituições, o Galo ficou mais vulnerável abrindo espaços para o Coritiba que não soube aproveitar as oportunidades.



A entrada de Escudero, no lugar de Fillipe Soutto, que deveria ter sido feita desde o inicio da partida deu um pouco mais de liberdade ao R49, que pode atacar sem se preocupar tanto em fazer a transição do meio para o ataque, que agora passou a ser função do meia argentino.
No primeiro turno, o Galo venceu por 1 a 0 o Coritiba no Independência em um jogo que foi marcado por um lance à la Tarantino. O centro avante Leonardo, que ainda jogava no Coxa, deu uma cotovelada em Leonardo Silva que teve que tomar vários pontos que sangrava muito. 19 rodadas depois, Leonardo tentava marcar, dessa vez para o Galo, em uma jogada muito feita entre ele e Bernard.

Parece que o Galo só percebeu que o título do Campeonato Brasileiro estava indo por água abaixo com o resultado nos últimos minutos da partida. O time mineiro imprimiu uma verdadeira blitz pra cima da defesa do Coritiba, mas esbarrou na inspiração do goleiro Vanderlei e na falta de pontaria de seus jogadores. Essa postura deveria ter sido adotada desde o inicio e provavelmente a história seria diferente.

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